cursos@fseduca.com.br

(11) 3644-4802ᅠ|ᅠ(11) 97642-6694

Home  /  Blog  / ESG, Facility e a mudança de paradigma: quando sustentabilidade e ciência guiam as decisões

 

Nos dias atuais, o papel do gestor de facilities deixou de ser apenas operacional para se tornar estratégico. Cada vez mais, esses profissionais são vistos como players de mercado, com responsabilidade direta sobre a saúde ocupacional, sustentabilidade, qualidade ambiental e até reputação corporativa. Essa virada está ligada ao avanço das práticas de ESG (Environmental, Social and Governance), que passaram a orientar decisões de investimento e de gestão de ativos.

Segundo relatório da CBRE Global Workplace Solutions (2025), empresas que incorporam critérios de ESG em sua gestão predial conseguem reduzir em até 30% os custos operacionais de longo prazo e aumentam significativamente sua atratividade para clientes e investidores.
CBRE – ESG in Facilities Management https://www.cbre.com/insights/books/global-workplace-solutions-esg-report

A virada técnica: qualificação e ciência aplicada

Essa transformação também passa pela qualificação dos profissionais de facilities, que estão cada vez mais informados e exigentes. De acordo com o Fórum de Gestão de Facilities (2024), mais de 70% dos gestores entrevistados afirmaram que a adoção de práticas sustentáveis é hoje um dos três principais critérios de escolha de fornecedores.
Fórum de Gestão de Facilities – Pesquisa 2024 https://fgf.org.br

Na prática, isso significa que, métodos de higienização baseados apenas em “lavagem” ou soluções genéricas, sem validação técnica ou respaldo científico, estão perdendo espaço. Os profissionais passaram a romper com processos ultrapassados e passaram a buscar alternativas que entreguem eficiência comprovada, menor impacto ambiental e maior segurança ocupacional.

Entre os métodos que mais vem ganhando força nesse cenário está a higienização a seco. Reconhecida por reduzir drasticamente o consumo de água e energia (> 90%) e respaldada por normas internacionais (CRI, IICRC) e nacionais (ABNT).

Profissionais de facilities estão cada vez mais qualificados e informados e isso muda o mercado. A priorização de saúde ambiental, consumo de água/energia, reocupação rápida e controle de partículas leva a uma revisão dos métodos de manutenção de carpetes:

  • Rompendo o “piloto automático” da lavagem: excesso de umidade, tempos longos de secagem e risco de microcrescimento não cabem mais na rotina de prédios de alta ocupação.
  • Higienização a seco em evidência: reduz água e energia, evita umidade residual, minimiza a ressuspensão de partículas quando combinada com aspiração de alto desempenho/HEPA, permite reocupação rápida e integra-se melhor a rotinas de QAI.
  • Mensurar virou regra: vácuo com medição de eficiência, logs de manutenção, laudos microbiológicos quando aplicável e rastreabilidade de insumos/técnicas.

Reconhecimento técnico internacional (o novo “piso mínimo”)

A preferência por métodos de menor impacto e maior controle tem amparo técnico em referências globais. Entre as mais consultadas pelos gestores estão:

  • CRI / Guia CRI 204 orienta seleção de equipamentos, processos e critérios de desempenho para manutenção profissional de carpetes.
  • IICRC S100 padrão internacional para limpeza e manutenção têxtil com base em evidência técnica.
  • ASHRAE (Indoor Air Quality Guide & diretrizes de QAI) destaca a importância de materiais como carpetes no contexto de controle de partículas e umidade, desde que especificados e mantidos corretamente, integrando projeto, ventilação e manutenção para ambientes saudáveis.
  • Guia Técnico ABRITAC (Guia ABRITAC‑ABIT) documento nacional que sistematiza boas práticas para higienização de carpetes no Brasil e orienta o mercado quanto à adoção de métodos tecnicamente adequados
  • Outras referências setoriais (como guias de green building e QAI) têm convergido para seleção de materiais e métodos de baixa emissão, rotina de manutenção com controle de umidade e desempenho verificável.

Por que o método a seco tem ganhado força (benefícios concretos)

A adoção acelerada da higienização a seco não é apenas tendência de mercado é resposta a problemas operacionais e objetivos ESG:

  • Menor consumo de água e energia reduz pegada hídrica e demanda por secagem. (impacto ambiental e custo). link: https://www.xlnorth.com/2024/04/29/challenging-standards-and-advocating-for-low-moisture-carpet-cleaning-systems
  • Secagem muito mais rápida ambientes reocupáveis em poucas horas versus 12–48 horas típicas de extração com água quente (dependendo do método e condições). Isso reduz perda de operação em áreas críticas. Link: https://cmmonline.com/articles/complete-your-floor-maintenance-program-with-extraction
  • Menor risco de umidade residual e proliferação microbiana menos tempo de superfície úmida significa menor probabilidade de desenvolvimento de fungos e odores.
  • Menor ressuspensão de partículas quando integrado a aspiração com filtros HEPA e protocolos técnicos, contribui para manutenção de indicadores de QAI. Link: https://carpet-rug.org/resources/cleaning-standards/
  • Eficiência operacional e custos previsíveis protocolos com menor tempo e menor insumo permitem frequência maior de manutenção preventiva, preservando vida útil do carpete. link CRI 204: https://carpet-rug.org/wp-content/uploads/2019/03/CRI-204-Commercial.pdf?utm_source=chatgpt.com

Esses benefícios endereçam diretamente metas ESG (E: água/energia; S: saúde ocupacional; G: governança técnica e rastreabilidade), por isso, o método a seco tem se tornado opção preferida em muitos contratos que buscam indicadores sustentáveis mensuráveis.

E agora? (convite direto a você, profissional FM que está nesta jornada)

Você, FM que vem acompanhando esta série, já percebeu: o carpete, quando bem gerido, é aliado da QAI e da sustentabilidade. O próximo passo é aprofundar o domínio técnico sobre certificações, tecnologia e ciência aplicadas, pilares que diferenciam processos realmente eficazes.

Nos vemos no Blog 4 para transformar conhecimento em decisão técnica e resultado consistente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *