O mundo vem passando por mudanças drásticas nos últimos dois anos, causadas pela pandemia do “novo coronavírus” ou Covid-19. A Organização Mundial de Saúde (OMS) acompanha de perto a evolução da doença, o progresso das vacinas e as práticas adotadas pelos países para a contenção da pandemia, considerada como Emergência de Saúde Pública de Nível Internacional.
O Covid-19 trouxe uma nova realidade para pessoas e empresas que se viram obrigadas a mudar suas rotinas: usar e exigir o uso máscaras, passar álcool em gel, evitar encostar no rosto e em objetos na rua, lavar bem as mãos e não se aglomerar. Hoje, passado o pior cenário da pandemia, os trabalhadores começam a voltar à rotina dos escritórios, muitas vezes em modelos híbridos de trabalho, metade do tempo em home-office e a outra metade dentro das empresas.
E se a gestão de facilities sofreu com a introdução de novos procedimentos em todos os setores, na área da saúde essas mudanças tiveram um impacto ainda mais drástico.
Os Convênios foram obrigados a incluir testes de COVID na sua cobertura devido à alta de casos. Já na Saúde Pública, o número de pessoas em busca de atendimento de emergência e internação nas UPAs, Clínicas da Família e hospitais se multiplicou. Suas operações básicas não comportaram o súbito aumento da demanda e muitas mudanças foram feitas de última hora. Instalações provisórias foram criadas em locais disponíveis como estádios, ginásios, centros de convenções e outros. Alguns hospitais chegaram a ampliar suas áreas, da maneira como foi possível.
E daqui pra frente, como vai ser? Se você trabalha na área de saúde hospitalar, veja abaixo as 4 principais mudanças na gestão de facilities em hospitais pós-pandemia.
1- Alterações na estrutura e na Manutenção Hospitalar
Com hospitais cheios, manter salas, leitos e equipamentos em bom funcionamento também se tornou um ponto crucial na gestão de facilities pós-pandemia.
Os hospitais tiveram de criar setores exclusivos, com isolamento, para não haver a contaminação de outros pacientes, adiar cirurgias eletivas, adquirir e gerenciar recursos como respiradores, balões de oxigênio e leitos de UTI.
Por isso, mais do que nunca, é necessário que o gestor crie um plano de manutenção preventiva e oriente sua equipe a revisar estoques de insumos e verificar com determinada periodicidade o estado de preservação dos equipamentos. É preciso estar preparado para cenários críticos do Covid-19, já que não se sabe ao certo as mutações que o vírus pode sofrer daqui para frente.
2- Foco no RH e Segurança do Trabalho
Além da estrutura, todo um investimento precisou ser feito na contratação de mais profissionais, roupas e equipamentos de proteção individual.
Garantir o uso regular dos EPCs (equipamentos de proteção coletiva) e EPIs (equipamentos de Proteção Individual), como botas ou sapatos higiênicos, luvas, máscara, macacão, óculos de proteção é imprescindível, bem como a vacinação em dia.
A gestão de facilities deve treinar todos os colaboradores para que eles entendam a importância de se proteger contra o vírus e sigam à risca todos os procedimentos.
3. Mais atenção aos processos de higienização em hospitais
Claro que, em comparação a outras empresas, os hospitais sempre precisaram ter um cuidado extra na questão da higienização, limpeza e descarte de resíduos. Porém, com a chegada do COVID-19 essa cautela foi triplicada.
A gestão de facilities teve de adotar novos protocolos sanitários, como a maior frequência na lavagem de mãos e ambientes, indicados pela Anvisa – Agência de Vigilância Sanitária -, a fim de se evitar a propagação do vírus no ambiente hospitalar.
A higienização dos aparelhos de ar-condicionado, balcões e assentos de recepção também não deve ser esquecida.
4- Atenção redobrada à Gestão de resíduos
Como o coronavírus é altamente contagioso e pode ser letal, a manipulação dos resíduos de pacientes ou da ala de COVID deve ser feita com extrema cautela.
O lixo precisa ficar isolado, bem lacrado e os funcionários não devem ter contato direto com o mesmo.
É preciso que os gestores de facilities estejam bem informados e atentos aos colaboradores, para que eles sigam todos os procedimentos do Manual de Limpeza e Desinfecção de Superfícies da ANVISA.